Emoções intensas em tempos de COVID-19


 

Em um estado de alarme de saúde como o que estamos enfrentando, é normal que emoções intensas, como incerteza ou medo, sejam geradas.  As autoridades competentes decretam o isolamento de pessoas em suas casas, devido à rápida disseminação desse vírus que gera a doença de COVID-19. Além disso, muitas perguntas surgem entre a população, algumas delas sem respostas claras. Tudo isso é um germe claro para que essas emoções intensas surjam. Nesta situação, reações de medo e ansiedade aparecerão. Se essas emoções intensas estão em níveis aceitáveis, elas permanecem dentro da normalidade e da racionalidade, uma vez que o COVID-19 é motivo de preocupação. No entanto, pessoas que não são afetadas pelo vírus podem manifestar altos níveis de emoções intensas que podem afetá-las física e psicologicamente.

Entre eles, estaria um estado contínuo de alerta, o que os leva a concentrar sua atenção nas sensações físicas e a interpretá-las como sintomas da doença, embora na realidade não o sejam. Isso será aumentado por:

Pensamentos recorrentes relacionados à doença;

A sensação de perigo iminente;

A necessidade de procurar constantemente informações relacionadas ao tópico;

Se essas emoções intensas não forem gerenciadas corretamente, podemos psicossomá-las em nosso corpo. Os sintomas físicos que geralmente passam despercebidos são amplificados. Isso causa o aparecimento de doenças físicas que não têm explicação orgânica. Assim, podemos sentir sintomas característicos do COVID-19 (dor de cabeça, dor de garganta etc.) sem estar infectado.

Para gerenciar essas emoções intensas, recomenda-se:

ð  Encontre fontes confiáveis ​​de informação.

ð  Evite informações excessivas.

ð  Gerenciamento de riscos: o que posso fazer para evitar o contágio?

ð  Identifique pensamentos catastróficos relacionados à doença.

ð  Tente ser objetivo e otimista.

ð  Mantenha uma rotina adaptada às restrições.

ð  Faça atividades agradáveis.

ð  Faça exercícios de relaxamento diariamente.

 

A falta de informações pode ser mais grave do que a própria doença.

 

Suedem A. Medeiros

Psicanalista CRTH-BR 5.723


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