DIFERENÇAS ENTRE PSICÓLOGO, PSIQUIATRA E PSICANALISTA

 


DIFERENÇAS ENTRE PSICÓLOGO, PSIQUIATRA E PSICANALISTA

Uma pergunta que muitas pessoas se colocam ao escolher a terapia mais adequada para resolver um problema é saber qual a diferença entre um psicólogo, um psiquiatra e um psicanalista. Pois bem, embora todo mundo trate de uma forma ou de outra com o psíquico no ser humano, suas especialidades e os aspectos psicológicos que os interessam são muito diferentes. Essas diferenças são muito importantes porque afetam a maneira como você entende as doenças e como as trata.

Em primeiro lugar e de maneira muito geral, diremos que os psicólogos estão preocupados com o aspecto consciente e volitivo da psicologia humana. O self do sujeito é considerado a força integradora de todos os poderes psíquicos (caráter, vontade, consciência, personalidade, etc.) e, portanto, todos os sofrimentos psíquicos de uma pessoa serão abordados a partir desta perspectiva. O que isto significa? Que o psicólogo recorrerá fundamentalmente aos aspctos da consciência para lidar com os distúrbios psíquicos que o indivíduo apresenta. O sujeito com sua força de vontade, modificando seu comportamento, tentará aprender a controlar as situações que o perturbam com o apoio do psicólogo.

No que se refere à psiquiatria, cabe destacar que se trata de uma especialidade médica, ou seja, é um campo disciplinar em que o corpo orgânico vai determinar as condições mentais das pessoas. Como médico, o psiquiatra está interessado em estabelecer quais deficiências orgânicas ou químicas que determinam que um paciente apresente determinados sintomas. A solução que oferece, portanto, é fundamentalmente farmacêutica, sem entrar em consideração os componentes psíquicos da questão. O psíquico, por assim dizer, do seu ponto de vista, nada mais é do que uma consequência do orgânico.

O psicanalista é o profissional que leva em consideração, além dos aspectos psicológicos e orgânicos gerais, a influência determinante da alma sobre o corpo. Do seu ponto de vista, as ideias, pensamentos e afetos de uma pessoa podem somatizar e influenciar diretamente no corpo, alterando funções vitais como comer, andar, reproduzir, realizar um trabalho ou qualquer outra tarefa.

O caráter de tais idéias ou sentimentos é principalmente inconsciente, com manifestações sintomáticas no comportamento, no corpo ou nas relações sociais do sujeito. Para o psicanalista, o inconsciente é o núcleo central do psíquico e o que determina tudo na vida psíquica do sujeito, inclusive sua consciência. Por isso, considera que grande parte dos afetos psíquicos e muitos dos sofrimentos ou distúrbios orgânicos que as pessoas sofrem têm origem em sua vida psíquica inconsciente.

O psicanalista se especializou na escuta dos processos inconscientes e na determinante importância que eles têm no trabalho, no amor e na vida econômica das pessoas. Com breves explicações, ou chamando a atenção do paciente para o que ele realmente expressa no que diz, o psicanalista torna possível ao sujeito transformar as situações que o fazem sofrer, sem que seja necessária a intervenção da consciência.

 

Suedem A. Medeiros

Psicanalista CRTH-BR 5.723

Doutorando em Psicologia pela UCES Buenos Aires -AR





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