O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com / sem
Hiperatividade) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que começa na infância e
persiste na idade adulta em 2 de 3 casos. As repercussões dessa condição
clínica são diferentes à medida que avançamos na idade. Especificamente, neste
post falaremos sobre a relação entre TDAH e comportamentos aditivos
TDAH e comportamentos viciantes
A relação entre TDAH e vícios é cada vez mais evidente. A maioria dos estudos se concentrou na dependência de substâncias tóxicas e, embora a prevalência de TDAH em adultos seja de cerca de 3-4%, esse número pode chegar a 46% em pacientes com dependência de drogas. No entanto, muitos estudos investigam a comorbidade desse distúrbio com o vício em internet e / ou jogos de computador e mostram uma associação entre os sintomas do TDAH e a gravidade do vício em internet.
Os comportamentos viciantes compensam os sintomas do TDAH?
Sob a "hipótese de deficiência de recompensa", algumas pessoas recorrem às drogas e à Internet para compensar "de maneira não natural" a insatisfação causada pela diminuição da dopamina na rede de recompensas. Esses vícios são uma conseqüência direta do perfil cognitivo dos pacientes com TDAH, uma vez que o consumo de algumas substâncias pode servir como automedicação para aliviar os sintomas desse distúrbio. Tabaco e cocaína, drogas estimulantes, estão relacionados ao uso de sintomas de desatenção, enquanto maconha e álcool estão mais ligados à compensação de sintomas impulsivos e hiperativos. Por outro lado, a impulsividade e a baixa flexibilidade cognitiva levam a uma baixa auto-regulação do uso da Internet, e em pessoas com TDAH há uma constante busca por estímulos. Uma característica da internet é que ela oferece recompensas imediatas como incentivos para "passar para o próximo nível", ajustando-se ao estilo cognitivo desse perfil. Além disso, as telas que mudam rapidamente exigem um baixo nível de atenção e memória de trabalho.
Implicações no nível do cérebro
Estudos de neuroimagem mostram que as áreas frontais do cérebro estão particularmente envolvidas na decisão de usar drogas, assim como a amígdala e o córtex orbitofrontal. O estriado ventral, o córtex cingulado anterior e também as áreas do córtex frontal médio estão relacionados a essa condição. Além disso, outros autores estudaram as áreas do cérebro ativadas em pessoas viciadas em videogames e os resultados concordam com os mostrados em pessoas com dependência de substâncias. Por sua vez, foram encontradas semelhanças nos estudos PET e rfRI, entre pacientes com TDAH e aqueles em fase de desejo.
CONCLUSÕES
O TDAH possui comportamentos viciantes em uma porcentagem significativa; portanto, é importante ser capaz de identificar esse distúrbio do neurodesenvolvimento nesse grupo para poder abordar o problema de uma perspectiva mais ampla. Desde então, reduzir sintomas como desatenção ou impulsividade, por sua vez, ajudaria no tratamento do vício. Também é necessário enfatizar a função preventiva de poder tomar o TDAH como uma população de risco e, assim, evitar comportamentos aditivos desde os estágios iniciais da vida.
Suedem A. Medeiros
Psicalista CRTH-BR 5.723
Este é um assunto bem relevante.
ResponderExcluirMuito obrigado por compartilhar.
Deus abençoe.
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